sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Centro de Congressos no Campus de Gualtar

O GCII da UM dava, no dia 3 de Fevereiro de 2012, a seguinte informação:
“UMinho vai construir Centro de Congressos em Gualtar - RUM, 1 fevereiro”
“A Universidade do Minho vai construir um Centro de Congressos junto ao Campus de Gualtar, em Braga, nos terrenos da conhecida Quinta dos Peões. Uma revelação adiantada pelo vice-presidente da Câmara de Braga Vítor de Sousa numa entrevista conjunta à Rádio Universitária e ao Diário do Minho, na qual também referiu que “tudo deve ficar decidido até ao Verão”. Quanto à nova Sede da Associação Académica da Universidade do Minho também irá ficar instalada neste local, mas deverá ser construída em duas fases, devido ao investimento que implica".

Se a informação está certa, como se deseja, e se trata, como se diz, de uma "revelação", ou seja do anúncio público de algo que até agora estava no domínio reservado, cumpre-me dizer o seguinte:
A construção de um Centro de Congressos na Quinta dos Peões, junto ao Campus de Gualtar, é uma boa notícia e o mesmo se diga da construção da nova sede da AAUM. O que interessa saber é o modo de concretização. A notícia do Dário do Minho adianta algo mais e fala de um protocolo (da Câmara) com a Universidade do Minho, o que também se saúda.
As questões que naturalmente se colocam são de natureza financeira. Diz-se que é a Universidade do Minho que vai construir o Centro de Congressos. Tudo bem. Mas com que dinheiro?
Acresce que os terrenos em questão são, que se saiba, particulares.
O que significa que a concretização destes projectos implica um triângulo que envolve a Câmara Municipal, a Universidade do Minho e o(s) proprietário(s). Nada a opor desde que tudo seja, como deve ser, transparente, desde logo, nos procedimentos.
É óbvio que o(s) dono(s) daquela quinta querem tirar proveito, querem naturalmente contrapartidas. Mas quais são elas? Em que contexto vai surgir a urbanização da Quinta dos Peões, pois é disso que se está a falar?
Braga não tem boa fama em matéria de urbanismo mas isso não impede que, desta vez, as coisas possam ser feitas como devem, isto é, como manda o direito do urbanismo.
Mas pedir que se cumpra o direito do urbanismo em vigor no nosso país não será pedir muito?
Importa aguardar e ver.