domingo, 25 de novembro de 2012

Informação e Opinião na Universidade do Minho

Já chamamos recentemente a atenção para as eleições que se aproximam na UM, nomeadamente para o Conselho Geral.
É nossa opinião que o valor de uma academia se vê também em tempo de eleições.
Academia que em tempo de eleições não debate abertamente os seus problemas; academia que não apresenta programas e candidatos de qualidade; academia de pensamento único é seguramente uma pobre academia.
A Universidade do Minho vai ser, por isso, posta à prova.
Logo à partida, há um problema sério para o qual temos repetidamente chamado a atenção: não temos um jornal de informação ampla, livre e isenta nem a opinião nela baseada.
A última tentativa que houve nesta área foi no mandato do Reitor Guimarães Rodrigues mas não vingou e pelas piores razões. Era um jornal que procurava ser livre e isento, dirigido por um qualificado docente da UM,  que considerou não ter condições para prosseguir o projecto de acordo com a qualidade que pretendia. Essa história nunca mereceu a atenção e reflexão devidas e porventura, valerá a pena recordar, um dia destes, o que se passou.
Agora, do que se trata, é de abrir espaço para a informação e opinião dentro da UM.
É disso que nos vamos procurar ocupar regularmente a partir de agora.
Não se trata de suprir a falta que faz um órgão de comunicação social livre e isento. É impossível. Trata-se de chamar a atenção para a falta que ele faz. Para isso vamos precisar  da ajuda de colegas da academia ( docentes, funcionários e alunos) que se disponham a dar o seu contributo, apresentando questões concretas.
Sei que não será  fácil.
Remeto para o que escrevemos neste blogue em Janeiro de 2011 sobre os poderes dentro da Universidade. Mas vamos tentar.
Trata-se afinal e ainda de lutar por uma melhor Universidade!

domingo, 11 de novembro de 2012

Política do Ensino Superior

No dia 9 de Novembro, por volta do meio-dia,  o anfiteatro maior (A1) do Campus de Gualtar encheu-se para  criticar o Governo pelos cortes que quer fazer nos orçamentos das universidades e para exigir a supressão dos mesmos.
Só que a política do ensino superior do Governo é tão má que não basta amenizar os cortes.
É preciso uma política séria e adequada para o nosso ensino superior e se o Governo não é capaz de a apresentar,  as universidades têm a obrigação de apontar as respectivas  linhas mestras. É essa uma tarefa que pode caber ao CRUP, ou na falta de uma posição consensual  deste,  às universidades que querem estar na primeira linha no nosso país.
Nesta matéria não basta ser como os partidos da oposição, ou seja, criticar sem apresentar alternativas.
É preciso mostrar e demonstrar  que é possível uma política diferente para bem do nosso país, mesmo em tempo de crise.
Não é tarefa fácil, mas não é  para lidar com tarefas  fáceis que as universidades existem.