quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Universidade do Minho: a caminho dos 50 anos

No ano de 1973, foi criada a Universidade do Minho e 2023 está à porta, devendo começar a ser preparado o cinquentenário da Universidade, se é que não está a ser já.

O desenvolvimento desta Universidade tem sido notável, posicionando-se, hoje, entre as cinco primeiras das catorze universidades públicas existentes no nosso país.

É, também, uma das Universidades mais completas, sendo a única que se pode comparar neste aspeto com as de Coimbra, Lisboa e Porto.

A importância da Universidade do Minho reflete-se bem nos dados relativos à 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior de 2019, anunciados esta semana.

A Universidade do Minho abriu vagas em 58 cursos, sendo apenas ultrapassada pela Universidade de Lisboa (107), devendo notar-se que esta resultou de uma fusão entre a Universidade dita Clássica de Lisboa e a Universidade Técnica da mesma cidade. A Universidade do Porto, a terceira do país, abriu vagas para 54 cursos.

Este desenvolvimento da Universidade do Minho só foi possível graças a um pensamento estratégico muito bem conseguido, desde o seu início, que consistiu em torná-la uma Universidade aberta aos diversos ramos do saber.

O Direito e a Medicina são bom exemplo disso e não por acaso os cursos oferecidos neste domínio estão entre os dez que tiveram na UMinho média mais elevada (mais de 16 valores) e que são por esta ordem: Medicina, Engenharia e Gestão Industrial, Engenharia Biomédica, Gestão, Direito, Engenharia Física, Economia, Línguas Aplicadas, Criminologia e Justiça Criminal e Ciências da Comunicação.

Seria interessante contar a história da criação, que não foi fácil, do Curso de Direito (1993) e do Curso de Medicina (2001) e respectivas Escolas, mas não é este o espaço adequado.

Adequado aqui é lembrar que ainda muito está por fazer e que para isso todos os que gostam da Universidade do Minho têm muito trabalho pela frente, desde os mais novos (os estudantes, com o estudo e suas iniciativas nomeadamente associativas) até aos mais velhos (professores reformados ou jubilados incluídos) e sem esquecer os funcionários, claro! PS , O futuro de uma instituição depende muito do envolvimento de todos os que nela trabalham. Mas não só. Também os antigos estudantes, as instituições públicas e privadas que lhe estão próximas e os meios de comunicação social fazem falta. Como falta faz a livre circulação de informação e de opinião.


(Artigo de opinião publicado no Diário do Minho de 12-9-2019)