Os Estudantes no Conselho Geral da UM
(2009-2013): O que a Academia não Sabe.
Subscrevo
por inteiro estas declarações do Eng.º Luís Braga da Cruz ao Jornal Académico
(JA), em Abril de 2013, e que retiro do
próprio jornal: “(...) sinto que os
estudantes não são muito ativos no CG, ou seja, não estão permanentemente a
querer falar, a discorrer e a fazer propostas. Normalmente, estão atentos ao
que se passa, mas eu gostaria que interagissem mais em função de cada tema e
não discutissem apenas propinas, que é o que acontece”.
Quando
as li interpretei-as como um estímulo aos estudantes mais do que como uma
crítica. Nunca pensei que dessem a polémica que deram e tivessem as consequências que tiveram.
Antes
de avançar importa felicitar o JA que fez uma excelente síntese do que ocorreu
(ver endereço abaixo) e me permitiu recolher informação que não tinha. Na
verdade, por causa dos muitos afazeres que me têm ocupado tudo isto me passou
ao lado até à fase final da cooptação dos elementos externos.
http://academico.rum.pt/noticias/278/exclusivo-declaraes-de-lus-braga-da-cruz-ao-acadmico-geram-polmica-no-conselho-geral-da-uminho/
Por
muito que digam Carlos Videira e Luís Rodrigues, que muito estimo, o grupo dos
estudantes membros do Conselho Geral (CG)
foi muito ativo nos problemas que tocavam diretamente os interesses dos
estudantes (propinas, praxe e ação social fundamentalmente) mas muito ausente
quando se debatiam outros importantes
problemas da Universidade. Para o comprovar é fácil. Basta consultar
atentamente as atas do Conselho Geral
destes últimos quatro anos.
Pode
o Senhor Reitor qualificar como positiva a atuação dos estudantes mas isso é
uma opinião e mesmo assim não deixou de dizer : “seria desejável que houvesse
uma participação mais intensa e que os estudantes trouxessem outros temas, por
iniciativa deles, para o conselho geral e participassem mais ativamente noutros
debates, certamente que sim”. Foi isso exatamente o que disse Braga da Cruz.
Razão
tem o colega Manuel Pinto quando afirma: “Não tenho muito mais a acrescentar.
Constato isso e corroboro com o que Luís Braga da Cruz disse. Avaliando o
número de intervenções dos estudantes, deduz-se que estes passam algum tempo
calados nas reuniões. Limitam-se a assistir quando as matérias são algo onde
não têm muito a dizer”.
Pena
foi que não falassem outros elementos do CG e aqui a posição do jornal ficou
salvaguardada: “(o) ACADÉMICO tentou,
ainda, ouvir os elementos que encabeçavam as listas que recentemente foram
eleitos para o órgão, mas tal não foi possível até ao fecho da edição”.
É
preciso ter a coragem de dizer que estas declarações merecedoras de aplauso e não de crítica do
Eng.º Luís Braga da Cruz lhe custaram, muito provavelmente, o lugar de membro
externo do Conselho Geral. E algo está muito errado quando tal sucede! E bem
andou Braga da Cruz quando não cedeu perante a sugestão de dar o dito por não
dito.
António
Cândido de Oliveira
Membro
do CG – 2009-2013