quinta-feira, 23 de junho de 2016

Um reitor (ou reitora) capaz e com elevado sentido ético!

Em 2017, vamos ter eleições locais a nível nacional e o assunto já está a ser falado (e a meu ver bem, pois, antes das eleições há uma fase muito importante que é a da escolha dos candidatos) e vamos ter eleições, também, para a Universidade do Minho. 

Não deixa de ser significativo o facto de o mandato de presidente da Câmara e o de reitor terem a mesma duração (4 anos) e haver também limitação de mandatos (3, no caso das autarquias locais, 2, no caso das universidades públicas). 

A democracia é um regime de responsabilidade. A escolha do melhor é sempre a finalidade de uma eleições e, mais ainda, numa Universidade, pois aí a democracia deve ser exemplar. 
As eleições que vão ocorrer em 2017 não são para eleger diretamente o reitor, constituindo antes uma espécie de eleição indireta. Os membros da academia (professores, estudantes e funcionários) escolhem diretamente, pelo método proporcional, os membros do conselho geral (17) e, depois de um processo de cooptação de membros externos (6), o conselho geral, em pleno, escolhe o reitor ou a reitora. 

Frequentemente as listas dos professores (são os professores que escolhem o maior número de membros para o conselho geral) concorrem logo com um candidato anunciado, mas tal não é obrigatório e nem sempre assim sucede. Mas devia, pois a escolha de um candidato e de uma equipa é muito importante. 

O que se exige de um candidato a reitor? Antes de mais, qualidades morais. É fundamental que seja, do ponto de vista ético, irrepreensível, não favorecendo no exercício das suas funções pessoas amigas, prejudicando despudoradamente outras. Reitor capaz de praticar o favoritismo não merece estar à frente da Universidade do Minho ou de qualquer outra Universidade. 
Depois, exige-se que tenha uma equipa bem constituída, uma equipa de governo que dê confiança e também que tenha um projeto de universidade que seja credível, bem sustentado e com largos horizontes. 

A Universidade do Minho não tem pensamento único. Há várias correntes de opinião. É desejável que seja possível gerar pelo menos duas candidaturas fortes, com um bom programa, e candidatos (as) que mereçam confiança também do ponto de vista moral. 

in Diário do Minho