domingo, 24 de fevereiro de 2013

UM- Debater Antes, Durante e Depois das Eleições

Eleições CG-2013
Debater Antes, Durante e Depois das Eleições
As universidades públicas portuguesas - e assim a Universidade do Minho – possuem, por força da Constituição e da lei, um sistema de governo democrático.
É minha opinião que a grande maioria dos membros da academia não têm plena consciência da responsabilidade que tal sistema implica. Prova disso é, a meu ver, o modo como está a decorrer a actual campanha para a escolha dos membros eleitos do Conselho Geral (CG).
Neste momento deveria já estar a decorrer um debate elevado mas largamente aberto e participado sobre os muitos problemas concretos que a nossa Universidade possui para melhor orientar o nosso voto (a não ser que as listas que se candidatam, nomeadamente as dos professores, não tenham diferenças concretas de fundo neste aspecto).
Estou convencido de que tais diferenças existem mas a verdade é que não as conhecemos. Estarão à espera do período de campanha eleitoral marcado no calendário eleitoral (26 de Fevereiro a 11 de Março ) para dizer o que têm para dizer? Vão dizer e debater tudo nesse curtíssimo período?
Se assim for, do mal o menos, mas importa lembrar que os problemas da Universidade do Minho podem e devem ser abertamente discutidos antes, durante e depois das eleições.
Não compreender isso é não compreender nem praticar o sistema democrático de governo das universidades e então é de perguntar se o merecemos.
UM, 24-2-2013
António Cândido de Oliveira
Membro do Conselho Geral Cessante



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O Elogio do Reitor ao Conselho Geral

O Reitor da Universidade do Minho fez, no dia da Universidade hoje celebrado,  um balanço muito positivo sobre o sistema de governo instaurado pelo RJIES na Universidade do Minho e não poupou elogios ao Conselho Geral que agora termina mandato (a todos os membros), realçando, sem desprimor para os restantes,  o relevante papel desempenhado pelos membros externos.
Seria interessante saber o que pensa o Conselho Geral - e particularmente as listas que concorrem agora às eleições do CG -  sobre o RJIES e sobre o desempenho do Reitor (e da sua equipa reitoral) neste quadriénio. As listas que agora concorrem são compostas por membros que conhecem bem a acção da reitoria ao longo do quadriénio.
Particularmente, agradeço o elogio feito ao Conselho Geral em geral e sinto-me desafiado a responder se tiver tempo.
Desafiado a fazer um balanço da actuação do Conselho Geral e da actuação do Reitor.
Teria muito para dizer.
ACO
20-2-2013

Há Eleições Para o Conselho Geral?


Eleições há, mas não se dá por elas.

As listas põem cá fora uns comunicados teóricos que quase ninguém lê.

Debate entre elas não existe!

Que eleições são estas?

António Cândido de Oliveira

Membro do CG

UM 17.2.13

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Alguns Problemas Concretos da UM

O texto agora divulgado será objecto nos próximos dias de uma adequada arrumação temática.
Neste momento trata-se fundamentalmente de lançar questões para debate e ver se as listas as enfrentam ou não.
É essa a minha preocupação e peço a ajuda de outros leitores trazendo outros problemas, fazendo sugestões ou críticas.
SA
António Cândido de Oliveira
acoliveira@direito.uminho.pt


Passei parte deste fim de semana a ler as mensagens das três listas de professores e investigadores, também a lista dos funcionários e não li textos das listas dos estudantes apenas por dificuldade de acesso aos mesmos.

Todas as mensagens, que li com agrado, têm textos apelativos de âmbito geral mas não tocam, em regra, problemas concretos.

Não deveriam as listas, durante este brevíssimo período eleitoral, mostrar que conhecem bem os problemas da UM e indicar soluções para eles? Ainda tal vai suceder? Atrevo-me a elencar , do meu ponto de vista, uma série de problemas concretos, sem arrumação temática ou hierarquia de importância, esperando obter das listas respostas para eles:

1.O Conselho Geral (CG) durante os 4 anos passados comunicou mal com a academia, salvo algumas excepções ( discussão sobre a passagem a fundação e auscultação através de grupos de trabalho). As listas pensam de modo diferente ou vão fazer algo para que tal não se repita?

2.Não faz falta numa Universidade com mais de 20.000 membros um jornal isento de informação e opinião? Está o CG disposto a dar apoio a uma iniciativa neste âmbito que parta da academia (para o que aliás o actual reitor mostrou abertura)? De que modo?

Nota: Importa ter presente que na UM se lecciona e investiga no domínio dos meios de comunicação social (ICS)

3. O Campus de Gualtar precisa de urgentes medidas que até não custam muito dinheiro ( p. ex., fazer uma melhor ligação das escolas situadas na parte poente aos complexos pedagógicos e à BGUM; resolver o problema da entrada principal, desde logo o da rotunda; tornar mais barato o acesso aos parques pagos subterrâneos de entrada livre, atualmente pouco utilizados) . Que ideias têm as listas sobre estes assuntos?
4. E o Campus de Azurém não tem também problemas concretos (entre outros a mistura de carros e peões, sem passeios para estes) a precisar de solução?

5. E a Quinta dos Peões em Gualtar? É um assunto de que não se pode falar? Vai a UM perder um espaço (pelo menos parte dele) que já há muito lhe deveria pertencer?


6. O que dizer das coimas aos utentes da BGUM? Consideram as listas isso um problema menor ou defendem soluções alternativas que, sem prejuízo do bom funcionamento da Biblioteca, incentivem a leitura e só em último caso obriguem os utentes a pagar quantias em dinheiro?

7. E as contas da UM? A transparência e publicidade actualmente existentes satisfazem? Sabem os membros da listas quanto custa cada serviço, cada escola da UM? Isso é um assunto com interesse ou de interesse reduzido? O custo implica também conhecer as receitas. Conhecem? Não acham importante saber esses dados principalmente para ver, ano a ano, a evolução e as razões da mesma?

8. E consideram que há uma boa gestão dos serviços? De todos? Há algum que funciona mal? Qual (ou quais)? Em caso afirmativo, o que pensam fazer?

9. A Universidade com largas centenas de professores e de funcionários é um lugar natural de conflitos ( concursos, relações com presidentes , directores ou com chefias) que devem ser resolvidos sempre que possível fora dos tribunais. Entendem as listas que faz falta (ou não) um mediador, conciliador ou entidade semelhante na UM ?

10. Todos estamos de acordo, julgo, que a autonomia da Universidade precisa de ser “reforçada”. Mas de que modo? A ideia de fundação deve ser retomada?

11. E a autonomia das escolas? É necessária? Em caso afirmativo, como pode/deve ser feita em concreto?

12. Fala-se numa mudança da rede do ensino superior a nível nacional a relativo curto prazo. As listas estão atentas? Mas estão apenas atentas? Não têm opinião? Ou acham este um problema menor?

E não há outros problemas concretos que devam ser abordados? A motivação/desmotivação dos docentes, investigadores e funcionários pode ser ignorada? As eleições são apenas para dizer coisas gerais e abstractas ainda que importantes ? E, já agora, que atenção vão dar as listas que encabeçam aos eleitores depois do dia das eleições?

Para um maior detalhe deste texto ver http://omelhorparaauniversidade.blogspot.pt/

UM, 10 de Fevereiro de 2013

António Cândido de Oliveira

Membro do Conselho Geral

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Eleições CG 2013- O Mais Importante É Saber Quem Vai Ganhar?



Texto enviado hoje, dia 4,  à Academia no uso do direito e dever de participação eleitoral para o qual peço a atenção possível.
António Cândido de Oliveira

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ELEIÇÕES CG 2013 - O mais importante é saber quem vai ganhar?

Não sabemos se as pessoas têm consciência disso mas estamos a pouco mais de um mês de eleições e quando se reparar o tempo já passou. Isto é dito porque não se vê ainda – e já se deveria ver – um debate sobre os problemas da Universidade do Minho. Debate que tem, é verdade, de estar sempre aberto mas que deve ter um ponto alto em tempo eleitoral.

Aliás, tenho a opinião de que a grande pergunta destas eleições não é mesmo saber quem vai ganhar. A pergunta que verdadeiramente interessa é saber se vai melhorar e o que vai melhorar na UM com estas eleições. E quando se diz melhorar trata-se de procurar resolver os problemas que ela tem e que são muitos numa instituição com a dimensão da UM.

Poderá dizer-se que o problema maior é o dinheiro e ele não existe. Porém, deve ter-se bem presente que é em tempos de dificuldades que a gestão tem de ser mais rigorosa, que não se pode facilitar e que há que encontrar meios para o essencial. E o essencial é motivar todos os membros da academia, desde os alunos, aos funcionários e professores para as tarefas que à Universidade do Minho estatutariamente cabe cumprir.

É necessário ouvir a voz das listas e, neste momento, nem sequer todas estão apresentadas à academia.

UM - 4 de Fevereiro de 2013

António Cândido de Oliveira

Membro do Conselho Geral da UM