segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Alguns Problemas Concretos da UM

O texto agora divulgado será objecto nos próximos dias de uma adequada arrumação temática.
Neste momento trata-se fundamentalmente de lançar questões para debate e ver se as listas as enfrentam ou não.
É essa a minha preocupação e peço a ajuda de outros leitores trazendo outros problemas, fazendo sugestões ou críticas.
SA
António Cândido de Oliveira
acoliveira@direito.uminho.pt


Passei parte deste fim de semana a ler as mensagens das três listas de professores e investigadores, também a lista dos funcionários e não li textos das listas dos estudantes apenas por dificuldade de acesso aos mesmos.

Todas as mensagens, que li com agrado, têm textos apelativos de âmbito geral mas não tocam, em regra, problemas concretos.

Não deveriam as listas, durante este brevíssimo período eleitoral, mostrar que conhecem bem os problemas da UM e indicar soluções para eles? Ainda tal vai suceder? Atrevo-me a elencar , do meu ponto de vista, uma série de problemas concretos, sem arrumação temática ou hierarquia de importância, esperando obter das listas respostas para eles:

1.O Conselho Geral (CG) durante os 4 anos passados comunicou mal com a academia, salvo algumas excepções ( discussão sobre a passagem a fundação e auscultação através de grupos de trabalho). As listas pensam de modo diferente ou vão fazer algo para que tal não se repita?

2.Não faz falta numa Universidade com mais de 20.000 membros um jornal isento de informação e opinião? Está o CG disposto a dar apoio a uma iniciativa neste âmbito que parta da academia (para o que aliás o actual reitor mostrou abertura)? De que modo?

Nota: Importa ter presente que na UM se lecciona e investiga no domínio dos meios de comunicação social (ICS)

3. O Campus de Gualtar precisa de urgentes medidas que até não custam muito dinheiro ( p. ex., fazer uma melhor ligação das escolas situadas na parte poente aos complexos pedagógicos e à BGUM; resolver o problema da entrada principal, desde logo o da rotunda; tornar mais barato o acesso aos parques pagos subterrâneos de entrada livre, atualmente pouco utilizados) . Que ideias têm as listas sobre estes assuntos?
4. E o Campus de Azurém não tem também problemas concretos (entre outros a mistura de carros e peões, sem passeios para estes) a precisar de solução?

5. E a Quinta dos Peões em Gualtar? É um assunto de que não se pode falar? Vai a UM perder um espaço (pelo menos parte dele) que já há muito lhe deveria pertencer?


6. O que dizer das coimas aos utentes da BGUM? Consideram as listas isso um problema menor ou defendem soluções alternativas que, sem prejuízo do bom funcionamento da Biblioteca, incentivem a leitura e só em último caso obriguem os utentes a pagar quantias em dinheiro?

7. E as contas da UM? A transparência e publicidade actualmente existentes satisfazem? Sabem os membros da listas quanto custa cada serviço, cada escola da UM? Isso é um assunto com interesse ou de interesse reduzido? O custo implica também conhecer as receitas. Conhecem? Não acham importante saber esses dados principalmente para ver, ano a ano, a evolução e as razões da mesma?

8. E consideram que há uma boa gestão dos serviços? De todos? Há algum que funciona mal? Qual (ou quais)? Em caso afirmativo, o que pensam fazer?

9. A Universidade com largas centenas de professores e de funcionários é um lugar natural de conflitos ( concursos, relações com presidentes , directores ou com chefias) que devem ser resolvidos sempre que possível fora dos tribunais. Entendem as listas que faz falta (ou não) um mediador, conciliador ou entidade semelhante na UM ?

10. Todos estamos de acordo, julgo, que a autonomia da Universidade precisa de ser “reforçada”. Mas de que modo? A ideia de fundação deve ser retomada?

11. E a autonomia das escolas? É necessária? Em caso afirmativo, como pode/deve ser feita em concreto?

12. Fala-se numa mudança da rede do ensino superior a nível nacional a relativo curto prazo. As listas estão atentas? Mas estão apenas atentas? Não têm opinião? Ou acham este um problema menor?

E não há outros problemas concretos que devam ser abordados? A motivação/desmotivação dos docentes, investigadores e funcionários pode ser ignorada? As eleições são apenas para dizer coisas gerais e abstractas ainda que importantes ? E, já agora, que atenção vão dar as listas que encabeçam aos eleitores depois do dia das eleições?

Para um maior detalhe deste texto ver http://omelhorparaauniversidade.blogspot.pt/

UM, 10 de Fevereiro de 2013

António Cândido de Oliveira

Membro do Conselho Geral