segunda-feira, 3 de junho de 2013

Os Estudantes no CG da UM (2009-2013): O que a Academia não Sabe


Os Estudantes no Conselho Geral da UM (2009-2013): O que a Academia não Sabe.

Subscrevo por inteiro estas declarações do Eng.º Luís Braga da Cruz ao Jornal Académico (JA), em Abril de 2013,  e que retiro do próprio jornal:   “(...) sinto que os estudantes não são muito ativos no CG, ou seja, não estão permanentemente a querer falar, a discorrer e a fazer propostas. Normalmente, estão atentos ao que se passa, mas eu gostaria que interagissem mais em função de cada tema e não discutissem apenas propinas, que é o que acontece”.

Quando as li interpretei-as como um estímulo aos estudantes mais do que como uma crítica. Nunca pensei que dessem a polémica que deram e tivessem  as consequências que tiveram.  

Antes de avançar importa felicitar o JA que fez uma excelente síntese do que ocorreu (ver endereço abaixo) e me permitiu recolher informação que não tinha. Na verdade, por causa dos muitos afazeres que me têm ocupado tudo isto me passou ao lado até à fase final da cooptação dos elementos externos.

http://academico.rum.pt/noticias/278/exclusivo-declaraes-de-lus-braga-da-cruz-ao-acadmico-geram-polmica-no-conselho-geral-da-uminho/

Por muito que digam Carlos Videira e Luís Rodrigues, que muito estimo, o grupo dos estudantes membros do Conselho Geral (CG)  foi muito ativo nos problemas que tocavam diretamente os interesses dos estudantes (propinas, praxe e ação social fundamentalmente) mas muito ausente quando se debatiam  outros importantes problemas da Universidade. Para o comprovar é fácil. Basta consultar atentamente  as atas do Conselho Geral destes últimos quatro anos.

Pode o Senhor Reitor qualificar como positiva a atuação dos estudantes mas isso é uma opinião e mesmo assim não deixou de dizer : “seria desejável que houvesse uma participação mais intensa e que os estudantes trouxessem outros temas, por iniciativa deles, para o conselho geral e participassem mais ativamente noutros debates, certamente que sim”. Foi isso exatamente o que disse Braga da Cruz.

            Razão tem o colega Manuel Pinto quando afirma: “Não tenho muito mais a acrescentar. Constato isso e corroboro com o que Luís Braga da Cruz disse. Avaliando o número de intervenções dos estudantes, deduz-se que estes passam algum tempo calados nas reuniões. Limitam-se a assistir quando as matérias são algo onde não têm muito a dizer”.

Pena foi que não falassem outros elementos do CG e aqui a posição do jornal ficou salvaguardada: “(o)  ACADÉMICO tentou, ainda, ouvir os elementos que encabeçavam as listas que recentemente foram eleitos para o órgão, mas tal não foi possível até ao fecho da edição”.

É preciso ter a coragem de dizer que estas declarações  merecedoras de aplauso e não de crítica do Eng.º Luís Braga da Cruz lhe custaram, muito provavelmente, o lugar de membro externo do Conselho Geral. E algo está muito errado quando tal sucede! E bem andou Braga da Cruz quando não cedeu perante a sugestão de dar o dito por não dito.

António Cândido de Oliveira

Membro do CG – 2009-2013