A Universidade vive um momento muito complicado e só quem anda distraído (e há, ao que parece, muita gente distraída) não dá por ela. Não é só a Universidade do Minho é a Universidade em geral, tendo tudo muito a ver com o Orçamento Geral do Estado para 2012.
No meio disto, acabam por ser secundários, sem deixar de merecer a devida atenção, o problema das barreiras que danificam os veículos ou as novas regras de utilização dos SDUM e respectivas armadilhas burocráticas.
Ainda sobre a situação da Universidade chocou-me ver tão poucos docentes (cerca de quatro dezenas) no recente Forum-Uminho realizado no A1 (dia 9 de Novembro).
Sei que a vida dos docentes não é fácil e vejo pela minha. Para além dos problemas pessoais e familiares que todos temos em maior ou menor medida, acresce uma vida profissional agitada com os deveres permanentes de estudo, de resolução de problemas relacionados com a docência e a investigação, de participação em colóquios e tantos outros. Professor que se empenhe, não tem praticamente momentos livres e não faz tudo o que devia e muito menos o que gostaria.
Mas, mesmo assim, era de esperar uma maior participação.Consegui encontrar cerca de uma hora para estar no "Forum" e o que mais me impressionou foi a percepção de que as universidades não têm sequer força para inverter uma situação gravemente lesiva do seu bom funcionamento que resulta do corte já não nas verbas (e esse já é extremamente inquietante) mas na autonomia de gestão responsável do que resta.
Como já escrevi, quero ver como reajem os professores universitários que ocupam os lugares de Ministro da Educação e de Secretário de Estado do Ensino Superior, caso não ocorram as alterações que se impõem.