Pode ser que muitos membros da Academia estejam desatentos, mas o debate sobre o regime jurídico da Universidade está a decorrer.
Ainda ontem continuou nas Ciências Sociais (de manhã) e no Instituto de Educação (de tarde) com a presença do Reitor.
Outras iniciativas estão previstas e pena é que não sejam devidamente anunciadas.
Para a publicidade tem contribuído muito a imprensa local. O Correio do Minho de hoje, dia 3, titulava em primeira página "Reitor Rejeita Referendo na Academia sobre Fundação", questão aberta pelo membro eleito do senado Prof. Fernando Castro no DM. A página 9 do CM é dedicada por inteiro ao debate.
Nesta altura, a meu ver, e com algum cuidado, já é possível dizer, na minha modesta opinião, o seguinte:
1. Representasse a mudança de regime apenas a conquista de maior "autonomia financeira" para a UM e teríamos a esmagadora maioria da academia a favor da mudança.
2. O problema são as contrapartidas da autonomia financeira: mudar implica que a UM passe a ser uma fundação falsa, pois a UM não tem um património do qual possa viver como têm as verdadeiras fundações, e muita gente desconfia de coisas falsas; acresce que a "fundação" traz com ela um estranho "conselho de curadores" que, embora, me pareça tão falso como a falsa fundação ( e, por isso, eventualmente pouco relevante) não deixa de causar naturais resistências.
Em breve resumo: "maior autonomia financeira", todos a queremos; quanto ao preço a pagar por ela, há fundadas dúvidas.
Estas considerações são apenas breves apontamentos do muito que há ainda para dizer e debater.
Para uma documentação mais completa sobre o debate consulte: www.omelhorparaauniversidade.org