A Universidade
do Minho, através de alguns dos seus estudantes, esteve em destaque no Jornal
de Notícias de 22-11-2024 pelas más
razões. Em primeira página podia ler-se “Barulho e álcool a mais nos bares
junto à UMinho”. Em toda a página 12 e parte da página 13 titulava, com
fotografias associadas, “Moradores
queixam-se de barulho e álcool a mais nos bares junto à UMinho”.
E na abertura
do texto lia-se: “Alcool em excesso, acesso a drogas, barulho durante a noite e
copos de plástico deixados na rua são algumas das queixas e preocupações que
têm vindo a ser manifestadas por moradores da zona junto à Universidade do
Minho, em Braga, onde funcionam vários bares que atraem centenas de pessoas,
sobretudo na chamada quarta-feira académica e ao fim de semana. A população
pede mais fiscalização e policiamento, assim como campanhas de sensibilização,
algo que a Câmara quer fazer a partir de janeiro (ver caixa)”.
É claro que
isto não dignifica, desde logo, a Universidade do Minho. Não podemos nunca
esquecer que os seus alunos são Universidade do Minho.
A situação de
“barulho e álcool a mais” que se repete
todas as semanas, durante o ano lectivo, não pode ser tolerada e tem seguramente
solução.
Uma solução
que começa, como bem se diz, pela sensibilização, e esta consiste em lembrar a
esses estudantes as regras de comportamento digno que devem ter como cidadãos e
como membros da Universidade do Minho, e que deve continuar, quando não
produzir os efeitos devidos, por uma actuação firme que ponha termo a tais
desmandos.
Os meios dessa
actuação firme que só em último caso, deve implicar a imposição da ordem
pública pela Polícia de Segurança Pública, devem resultar de uma cooperação que
envolva Reitoria da Universidade (sim, este é um assunto da Universidade), a AAUM
(Associação Académica da Universidade do Minho ), que também representa os
estudantes envolvidos, a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia, os
representantes do comércio local, os
representantes dos moradores (não existe uma comissão de moradores nos locais afectados?)
e a própria PSP.
Esta
cooperação não deve ser feita por meros contactos pessoais ou telefónicos
ocasionais, mas em reuniões presenciais para se chegar a um acordo sobre a
melhor forma de agir.
Torna-se
claro que situações como a descrita não podem, nem devem manter-se e que
certamente haverá modo adequado de pôr termos a elas. Basta haver vontade firme
de dignificar a Universidade e a Cidade. O pior que pode acontecer é baixar
os braços e pensar que os estudantes são assim e que nada há a fazer.
Não! Os
estudantes não são assim e não pode um grupo deles manchar o bom nome que a Academia
deve ter.
(DM- 28-11-24)