quarta-feira, 7 de maio de 2014

Candidaturas ao Senado da Universidade do Minho

Já passou quase um mês desde que escrevi neste espaço sobre as eleições para o Senado Académico da Universidade do Minho. Dizia que o tempo passa depressa e assim é.
A preparação das listas e dos programas já foi feita e passou praticamente ao lado da academia. Tentei obter informação sobre as listas entregues e não foi tarefa fácil.
Um dos princípios básicos de quaisquer eleições democráticas é a publicidade. A publicidade deve ser entendida em sentido amplo, abrangendo o período de preparação das listas, o da apresentação destas e a campanha eleitoral. Mal das eleições em que o voto não resulta de um debate aberto a começar logo na formação das listas. De qualquer modo estou em condições de informar, pelo menos alguns nomes, aqueles que me chegaram, respeitando uma ordem cronológica e tendo pena de não poder ser mais completo. Quanto aos professores, o movimento “Universidade Cidadã” apresenta os seguintes candidatos para os três primeiros lugares: Maria José Casa-Nova, Professora do Instituto de Educação; Fernando Miranda, Professor da Escola de Ciências; e Isabel Mateus, Professora do Instituto de Letras e Ciências Humanas.
O movimento “Novos Desafios Novos Rumos” por sua vez apresenta: Maria Clara Oliveira, Professora do Instituto de Educação; Luís Filipe B. Ribeiro, Professor da Escola de Engenharia; Paula Cristina Remoaldo, Professora do Instituto de Ciências Sociais.
Pelos funcionários foi apresentada a seguinte lista: Mauro Fernandes, técnico de informática (a exercer funções nos SCOM em Azurém); e Vera Triunfante Martins, técnica superiora, a exercer funções nos serviços académicos em Gualtar.
É provável que haja outras listas, nomeadamente dos alunos e ainda tentei saber junto da respetiva Comissão Eleitoral. Esta só divulgará, porém, mais tarde as listas concorrentes.
A informação eleitoral costuma circular mal na Universidade do Minho com responsabilidade, desde logo mas não só, das próprias listas que não se preocupam em dar a devida publicidade ao ato de apresentação.
É evidente – já o referimos – que as eleições para o Senado não têm a importância das eleições para o Conselho Geral mas isso não justifica este silêncio. Não se aproveita a oportunidade para debater problemas da Universidade que existem e precisam de solução e isso não é bom.
As eleições vão decorrer a 26 de maio de 2014. Vão ser eleitos 3 professores, 3 alunos e 2 funcionários. São poucos é verdade, mas serão os únicos com uma legitimidade direta conferida pelos pares, o que lhes dá um estatuto de especial relevo.
Estas três semanas que nos separam do dia de eleições vão passar certamente despercebidas e por isso não é de estranhar que a participação eleitoral seja extremamente baixa. Também isso deveria ser objeto de reflexão mas duvido muito que tal suceda. Para já será interessante acompanhar o resto deste período eleitoral e depois fazer o balanço.
E repito o que disse da última vez: quem pense que estas eleições são um problema meramente interno da UM ainda não compreendeu o que significa uma Universidade Pública.
Candidaturas ao Senado da Universidade do Minho António Cândido de Oliveira
Autor: António Cândido de Oliveira


in Diário do Minho.