quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Eleições para Reitor da Universidade do Minho - 2013 (II)

(continuação)

A segunda é o tempo. São tantas as coisas para fazer que arranjar tempo para ler e reler o programa e apreciá-lo não é fácil. É a esta luz também que devemos compreender, penso, o comportamento de outros colegas.
A terceira razão é a de  que estamos perante umas eleições de candidato único. Na minha perspetiva isso é mau para a Universidade e deixa-nos a todos (aos membros da academia em geral e aos membros do conselho geral em especial) numa situação incómoda. Em eleições de candidato único não há alternativa para apreciar e é pena.  A Universidade do Minho merecia uma alternativa. Não uma alternativa por mera alternativa, mas porque deve haver  seguramente dentro dela pessoas com pensamento diferente sobre a Universidade em geral e a Universidade do Minho em particular  que deveria exprimir-se neste momento. Ao não exprimir-se,  apresentando candidatura,  fica uma certa  ideia de pobreza na nossa Universidade.
Dito e ponderado isto, corro o risco de participar e dizer algumas coisas. Não aquelas que resultariam de uma leitura mais demorada do programa mas de uma leitura pelo menos suficiente.
Vamos à apreciação, começando de forma muito breve por  aspetos positivos. A candidatura é ambiciosa e tendo como meta 2020 promete:  atingir 25.000 alunos nessa data; ser a UM a “universidade portuguesa com maior impacto no desenvolvimento sócio-económico”; e ainda a UM como “uma das 3 primeiras universidades portuguesas na generalidade dos indicadores”  (p. 23 ).

A candidatura agora apresentada, no entanto,  só é responsável até 2017 e assim deveria, a nosso ver,  indicar de entre as metas que indica para 2020 aquelas que pretende ver concretizadas no fim do mandato (qual o número de alunos; qual a classificação quanto ao impacto; e quais os indicadores em que já se coloca  como uma das 3 primeiras universidades portuguesas)
Vamos aos aspetos que consideramos  negativos.

8.11.2013

(continua)