A
segunda é o tempo. São tantas as coisas para fazer que arranjar tempo para ler
e reler o programa e apreciá-lo não é fácil. É a esta luz também que devemos
compreender, penso, o comportamento de outros colegas.
A
terceira razão é a de que estamos perante umas eleições de candidato único. Na minha
perspetiva isso é mau para a Universidade e deixa-nos a todos (aos membros da
academia em geral e aos membros do conselho geral em especial) numa situação
incómoda. Em eleições de candidato único não há alternativa para apreciar e é
pena. A Universidade do Minho merecia
uma alternativa. Não uma alternativa por mera alternativa, mas porque deve
haver seguramente dentro dela pessoas
com pensamento diferente sobre a Universidade em geral e a Universidade do
Minho em particular que deveria
exprimir-se neste momento. Ao não exprimir-se, apresentando candidatura, fica uma certa
ideia de pobreza na nossa Universidade.
Dito
e ponderado isto, corro o risco de participar e dizer algumas coisas. Não
aquelas que resultariam de uma leitura mais demorada do programa mas de uma leitura pelo
menos suficiente.
Vamos à apreciação, começando de forma muito breve por aspetos positivos. A candidatura é ambiciosa e
tendo como meta 2020 promete: atingir 25.000
alunos nessa data; ser a UM a “universidade portuguesa com maior impacto no
desenvolvimento sócio-económico”; e ainda a UM como “uma das 3 primeiras
universidades portuguesas na generalidade dos indicadores” (p. 23 ).
A
candidatura agora apresentada, no entanto, só é responsável até 2017 e assim deveria, a nosso ver, indicar
de entre as metas que indica para 2020 aquelas que pretende ver concretizadas
no fim do mandato (qual o número de alunos; qual a classificação quanto ao
impacto; e quais os indicadores em que já se coloca como uma das 3 primeiras universidades
portuguesas)
Vamos
aos aspetos que consideramos negativos.
8.11.2013
(continua)
8.11.2013
(continua)