Na segunda-feira, dia 17, antes das 14 horas, para chegar da Escola de Direito ao Pavilhão Desportivo - uma distância superior a 300 metros - vi-me obrigado a sair várias vezes do passeio. Grupos de novos alunos, uns ajoelhados, outros em formação tipo militar cumpriam as ordens que os alunos mais velhos, trajados, lhes davam. Em regra, berravam e bem alto, ocupando por inteiro a passagem. Ainda esperei pelo início da recepção no pavilhão mas como se aproximavam as 15 horas e tinha diversas tarefas para fazer voltei para a Escola. Foi pelos jornais de 3ª feira que li com destaque de 1ª página que "Doutores" tinham abandonado a "receção ao caloiro", quando o Reitor começou a falar, em protesto contra cerco à praxe na Universidade do Minho (Diário do Minho de 18.9.12). Este mesmo jornal explicava em ante-título que "UM não admite coação de alunos ou ruído que perturbe atividades nos "campi".
Como para mim é claro que os "campi" de Gualtar ou Azurém, não são lugares onde se possa permitir sequer a possibilidade de prática de actos de coacção sobre os alunos nem são lugares próprios para berrar, a saída dos "doutores" da cerimónia foi um bom sinal. Vai ser difícil educar velhos e novos alunos neste domínio mas vale a pena todo o esforço continuado para libertar os "campi" de comportamentos que não dignificam o espaço universitário.