No dia 31 de Maio os Princípes das Astúrias Filipe de Bourbón e Letizia Ortiz, no âmbito de uma visita a Portugal, fizeram uma deslocação relâmpago ao Laboratório de Nanotecnologia, em Braga, sedidado junto do Campus Universitário de Gualtar. Lá puderam verificar que, neste instituto ibérico de "investigação de ponta", estão actualmente a trabalhar 11 das 40 equipas de trabalho previstas, contando com cerca de 80 colaboradores oriundos de 19 países.
A capacidade máxima de ocupação do laboratório só deverá ser atingida em 2016, reunindo então 400 colaboradores, entre 200 investigadores, 100 alunos de doutoramento e outros tantos técnicos e funcionários de apoio à actividade de investigação.
Segui até aqui, de muito perto, o Diário do Minho, o jornal que mais relevo deu à visita, dedicando-lhe metade da primeira página da edição de 1 de Junho com uma excelente foto. Não é preciso escrever muito para perceber a importância que este instituto que, não sendo da Universidade do Minho, tem para a nossa Universidade. Esta tem de estabelecer com ele uma ligação muito estreita se quer ser, como deve, uma universidade de investigação de primeira linha.
Mas o Instituto não recebeu apenas a atenção dos Príncipes das Astúrias numa visita que foi vista como "um sinal de apoio do INL". Também a Declaração Conjunta da Cimeira Ibérica realizada no Porto, em 9 de Maio, a ele se refere, dizendo:
"Os dois Governos reafirmaram o seu compromisso em dar um impulso conjunto adicional ao Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), acordando, nomeadamente,conforme as suas disponibilidades orçamentais, contribuir para o funcionamento operacional da infraestrutura, intensificar colaborações com instituições de outros países,promover o INL a nível internacional e recrutar investigadores de excelência. Neste quadro, acordaram iniciar o processo de adesão de novos Estados-Membros, com vista à integração do Laboratório no quadro das infraestruturas científicas de referência da UE."
Esta declaração diz bem das sombras orçamentais que pairam sobre o Instituto, em tempos de crise, ainda que, como teria dito o príncipe "En peores horas nos hemos visto", referindo-se à situação dos dois países (El Mundo, dia 1 de Junho, p. 9).