No ano de 1973, foi criada a Universidade do Minho e 2023 está à porta,
devendo começar a ser preparado o cinquentenário da Universidade, se é
que não está a ser já.
O desenvolvimento desta Universidade tem sido notável,
posicionando-se, hoje, entre as cinco primeiras das catorze
universidades públicas existentes no nosso país.
É, também, uma das Universidades mais completas, sendo a única que
se pode comparar neste aspeto com as de Coimbra, Lisboa e Porto.
A importância da Universidade do Minho reflete-se bem nos dados
relativos à 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior
de 2019, anunciados esta semana.
A Universidade do Minho abriu vagas em 58 cursos, sendo apenas
ultrapassada pela Universidade de Lisboa (107), devendo notar-se que
esta resultou de uma fusão entre a Universidade dita Clássica de Lisboa e
a Universidade Técnica da mesma cidade. A Universidade do Porto, a
terceira do país, abriu vagas para 54 cursos.
Este desenvolvimento da Universidade do Minho só foi possível graças
a um pensamento estratégico muito bem conseguido, desde o seu início,
que consistiu em torná-la uma Universidade aberta aos diversos ramos do
saber.
O Direito e a Medicina são bom exemplo disso e não por acaso os
cursos oferecidos neste domínio estão entre os dez que tiveram na UMinho
média mais elevada (mais de 16 valores) e que são por esta ordem:
Medicina, Engenharia e Gestão Industrial, Engenharia Biomédica, Gestão,
Direito, Engenharia Física, Economia, Línguas Aplicadas, Criminologia e
Justiça Criminal e Ciências da Comunicação.
Seria interessante contar a história da criação, que não foi fácil,
do Curso de Direito (1993) e do Curso de Medicina (2001) e respectivas
Escolas, mas não é este o espaço adequado.
Adequado aqui é lembrar que ainda muito está por fazer e que para
isso todos os que gostam da Universidade do Minho têm muito trabalho
pela frente, desde os mais novos (os estudantes, com o estudo e suas
iniciativas nomeadamente associativas) até aos mais velhos (professores
reformados ou jubilados incluídos) e sem esquecer os funcionários,
claro! PS , O futuro de uma instituição depende muito do envolvimento
de todos os que nela trabalham. Mas não só. Também os antigos
estudantes, as instituições públicas e privadas que lhe estão próximas e
os meios de comunicação social fazem falta. Como falta faz a livre
circulação de informação e de opinião.
(Artigo de opinião publicado no Diário do Minho de 12-9-2019)